domingo, 4 de outubro de 2009

Pensamentos vindos do Gerês


Este fim de semana prolongado o destino foi o Gerês, mas um Gerês diferente do que vivi em Março quando cá estive com o meu namorado.
Este Gerês está a ser vivido com a minha mãe, com a minha irmã e com o meu cunhadinho.

Eles já foram embora e fiquei eu e a minha mãe.

Subitamente deu-me uma vontade enorme de escrever, de descrever os meus sentimentos, de desabafar.
Com este cenário como fundo percebo que a vida que vivemos, atarefados de trabalho, preocupações, não é nada perante as maravilhas da natureza.

Aqui, sentada neste quarto quase sem luz as lágrimas teimam em sair, as saudades são tão grandes que a dor torna-se num grito mudo que teima em não sair.
Sempre soube que a vida não ia ser fácil após o desaparecimento do meu Pai, mas nunca pensei que fosse assim tão difícil, cada dia pior, cada ausência, cada brincadeira, cada gesto...

Num Gerês ideal estarias aqui. Teríamos rido às gargalhadas como sempre fazíamos, pegarias na minha mão para passear como sempre fizeste, explicarias a história desta vila, de são bento da porta aberta e estarias neste momento a dormitar em cima da cama como em todos os domingos.

Mas não estás!

Riste-te comigo, atravessaste a estrada ao meu lado e até me pegaste na mão para adormecer, mas dentro do meu coração.

Tenho saudades tuas

Temos saudades tuas

2 comentários:

Sonia Loureiro disse...

Uma abraço muito forte...

rvmk disse...

e ele esteve lá connosco... tenho a certeza...